sexta-feira, 18 de maio de 2012

“O direito de ser, sendo diferente, na escola”.





A Escola é um lugar formado por manifestações das pessoas que ali convivem, na qual a todo o momento são expressos sentimentos de liberdade. Para um melhor convívio é preciso que o direito de ser diferente na escola seja cada vez mais aceito por todos. Pois é o lugar ideal para que nossas crianças interajam, adquirindo conhecimentos e ainda, a educação necessária para que no futuro tenham um comportamento respeitoso diante das diferenças pessoais, em vários aspectos: físico, emocional, social e intelectual, por exemplo.
Sabemos que a prática inclusiva já é um desafio presente nas escolas, na qual a participação de todos os “atores” escolares, principalmente o professor, tem o relevante papel de transmitir para seus alunos conceitos de solidariedade, cooperação, conscientização, igualdade, oportunidade e respeito, para que essas crianças, presentes em uma sociedade que manifesta um comportamento seletivo e discriminativo, criem uma cultura social. Mas para enfrentar esse desafio muitos professores precisam mudar sua postura pedagógica, rompendo com as práticas tradicionais de ensino, na qual as classes eram vistas como homogêneas, ou seja, todas as crianças perfeitas para o processo ensino-aprendizado. É preciso que o docente aceite que seus alunos são sujeitos únicos e trazem para o ambiente escolar um exclusivo modo de expressão.
Para que os alunos desenvolvam um sentimento de inclusão é necessário que percebam seus amigos como pessoas distintas em vários aspectos, para tal o professor precisa criar situações que favoreçam a percepção dessas diferenças e que estas não sejam algo que iniba o convívio. Nesse sentimento, vejam as possibilidades de aprendizagem do colega especial e não as possíveis dificuldades que ele possa ter. A essas possibilidades é que o professor precisa estar atento durante o processo de aprendizagem. Conversar com especialistas e familiares, procurando adquirir os conhecimentos necessários para saber em que ponto pode ajudar, utilizando métodos e procedimentos que visem o desenvolvimento da criança.
Somente assim, educando as crianças sem discriminação, conseguiremos romper o preconceito de inclusão, construindo uma sociedade mais justa e igualitária, ou seja, mais humana para que no futuro tenham o direito de ser e estar em qualquer espaço social.

terça-feira, 27 de março de 2012

“O que caracteriza uma educação de boa qualidade?”


Nos dias atuais uma educação de boa qualidade está caracterizada para a formação da cidadania, ligada às relações em que o indivíduo tem com a sociedade onde vive. Pois desde pequeno devemos despertar em nossos jovens cidadãos, atitudes e valores conscientes, éticos e cívicos. Neste contexto, a escola possui um importante papel na vida das pessoas, principalmente na primeira infância, pois é através da educação que se construí na consciência humana, o desejo e a busca do conhecimento, tanto de si como da vida, o que os norteará por todos os tempos.
No entanto, para que desde cedo se inicie o sentimento de cidadania é preciso que o sistema educacional deixe o discurso de lado e coloque em prática os currículos escolares, com assuntos que envolvam diversidade, solidariedade, ética, responsabilidade social e ambiental, entre outros. Ter em mente que os alunos já chegam à escola com uma cultura de mundo e por isso, não se deve construir o conhecimento apenas para a produção e reprodução, mas para conduzi-lo na direção da humanização e emancipação do sujeito.
“A educação ao longo de toda a vida é uma construção contínua da pessoa humana, do seu saber, e das suas aptidões, mas também da sua capacidade de discernir e agir. Deve levá-la a tomar consciência de si própria e do meio que a envolve e a desempenhar o papel social que lhe cabe no mundo do trabalho e na comunidade.”             
DELORS, 2006: 243).      

Assim, conseguiremos mudar a realidade social, para que no futuro, nossos alunos tenham uma participação mais consciente e critica da vida cultural, social, política e econômica, podendo competir e se distacar no mercado de trabalho.

“As mudanças no mundo do trabalho e a educação: novos desafios para a gestão”

    
As gestões em diversas áreas estão passando por grandes desafios decorrentes das inúmeras mudanças econômicas, socio-culturais e políticas, tudo por uma postura capitalista, cujo modo dominante é a produção. Essas mudanças influenciam diretamente no mundo do trabalho, no qual a administração escolar não pode “fechar os olhos” para tais transformações. O principal desafio na área educacional é a mudança de perfil dos profissionais que nela atua, visto que, não mais se aceita uma escola com uma visão tradicional. Uma escola que coloca seus alunos em uma sala de aula, onde a disciplina deve ocorrer para que se consiga ministrar conteúdos fragmentados, com uma seqüência rígida, sendo aplicados exercícios repetitivos com respostas prontas. Como Paulo Freire se expressou: "Não a uma escola que emudece e me emudece". Tudo isso faz com que os alunos se afastem cada vez mais das escolas.
Atualmente nossas crianças estão cada vez mais cedo tendo contato com novas tecnologias, como: telefones celulares, microcomputadores, jogos eletrônicos, entre outros, mexendo assim com a imaginação, a capacidade de comunicar-se e a facilidade de se conseguir as informações desejáveis.
No entanto, a postura desejável dos educadores tem que ser atuante, caminhando lado a lado do seu aluno, percebendo as suas deficiências e necessidades, trabalhando a práxis e os atributos comportamentais da criança. Mas para que isso ocorra, é primordial que a gestão escolar realize um planejamento pedagógico participativo, envolvendo todos os atores escolares (professores, alunos, direção, comunidade), garantindo que todos se apropriem dos bens culturais daquela sociedade, sem perder o foco principal da escola que é o aprendizado do aluno.
Somente assim, conseguiremos preparar sujeitos com competências, não só intelectuais, mas habilidades e atitudes, principalmente a capacidade de agir, intervir, decidir e também, valores morais, éticos e sociais. Para que os futuconhecimentos necessários para as várias situações na área trabalhista, nem sempre previstas ou previsíveis.

sexta-feira, 16 de março de 2012

Carta à Psicopedagoga



 Prezada Psicopedagoga,

É com grande expectativa que lhe escrevo. Como é de seu conhecimento, leciono na segunda série do ensino fundamental, no período da tarde. Estou encontrando problemas em lidar com uma situação apresentada pelo aluno Pedro Martins, pois o mesmo está com dificuldades no seu processo de alfabetização. Até agora se encontra no nível silábico, o que o coloca em uma situação muito aquém de seus colegas de classe. Já realizei vários procedimentos didáticos fora da rotina. Mas ainda é visível a sua insegurança e baixa auto-estima. Em virtude do medo de errar, nem tenta o desafio da leitura e da escrita. Por mais que eu o incentive a cada pequeno progresso, respeitando o seu tempo, não estou vendo muito crescimento em sua aprendizagem.
Estive conversando com a mãe do menino. Procurei saber a respeito do ambiente onde mora e do relacionamento com os familiares. Constatei que a família não tem um bom nível sócio-cultural e passa por dificuldades financeiras. Na conversa, ela não apresentou muito interesse no problema do filho. Disse que é preguiça da criança, pois seus os outros filhos, mais velhos, apresentaram a mesma dificuldade e hoje estão em classes mais avançadas. Mas autorizou a ajuda da psicopedagoga. Não posso rotulá-lo como uma criança preguiçosa, pois percebo que Pedro tem um grande potencial. Acredito que o motivo seja distúrbios emocionais e pequenos problemas de saúde. E não um problema de dislexia ou algo mais sério. O pior é que quanto mais o tempo passa, mais o quadro tende a se complicar.
Por esse motivo, estou pedindo sua ajuda profissional, para que me oriente ou, caso tenha disponibilidade, iniciar um tratamento simultâneo às atividades multidisciplinares desenvolvidas por mim em sala, o que ajudará muito ao aluno adquirir as habilidades necessárias para o processo de alfabetização.

 Agradeço antecipadamente a atenção,

 Atenciosamente.

 São José dos Campos, 16 de março de 2012.


Professor do Ensino Fundamental

Carta à Mãe


Cara Mãe,

Sou professor do seu filho. Estou precisando conversar com a senhora a respeito do Pedro Martins. Para adiantar o assunto, não sei se a senhora observou, mas o Pedro está apresentando dificuldade para ler e escrever. Ele está no nível que chamamos de silábico, isto é quando a criança pensa que cada letra é uma sílaba oral. Exemplo: Se alguém lhe pergunta quantas letras é preciso para escrever “boneco”, por exemplo, ele repete a palavra para si mesmo, devagar, contando as sílabas orais e responde: três, uma para “bo”, uma para “ne” e uma para “co”.
Não é necessário que a senhora realize atividades de leitura e escrita, o que poderia dificultar o desenvolvimento dele, pois já estou realizando atividades para que ele consiga entender melhor como se processa a escrita das palavras.
Por esse motivo, peço que venha conversar comigo, para que possamos ajudar o Pedro a desenvolver melhor a leitura e a escrita. Acredito que juntos, conseguiremos que até o final deste ano letivo, ele consiga atingir o nível alfabético, que é quando a criança já consegue entender que cada letra representa um som da fala e que é preciso juntá-las de um jeito que formem sílabas de palavras.
Quando quiser comparecer à escola estarei à disposição para conversarmos.

Agradeço antecipadamente a atenção.

São José dos Campos, 12 de março de 2012.

Professor do Ensino Fundamental

domingo, 4 de março de 2012

“A Diversidade na Escola”


O período de estágio é um processo importante na formação docente, pois é através dele que se tem o primeiro contato para confrontar os conhecimentos adquiridos na fase teórica com a fase prática, possibilitando a vivência e o entendimento da realidade escolar. Mas infelizmente, para alguns é uma etapa improdutiva em que somos obrigados a passar por uma imposição burocrática.  
Durante esse estágio se utiliza a observação, entrevista, leitura e muita reflexão, diante de um olhar investigativo, a fim de perceber as mais variadas situações, como: relação professor e aluno; desenvolvimento de uma aula; como lidar com as diferenças sociais, no interior e ao redor da escola; entre outras.
Tudo isso, é de grande valia para o amadurecimento profissional, onde este olhar, curioso e reflexivo, deverá ser a atividade cotidiana de um professor, buscando solucionar problemas ou assuntos para se trabalhar com os seus alunos, sob sua experiência e de outros.