Prezada Psicopedagoga,
É com grande expectativa que lhe escrevo. Como é de seu
conhecimento, leciono na segunda série do ensino fundamental, no período da
tarde. Estou encontrando problemas em lidar com uma situação apresentada pelo
aluno Pedro Martins, pois o mesmo está com dificuldades no seu processo de
alfabetização. Até agora se encontra no nível silábico, o que o coloca em uma
situação muito aquém de seus colegas de classe. Já realizei vários
procedimentos didáticos fora da rotina. Mas ainda é visível a sua insegurança e
baixa auto-estima. Em virtude do medo de errar, nem tenta o desafio da leitura
e da escrita. Por mais que eu o incentive a cada pequeno progresso, respeitando
o seu tempo, não estou vendo muito crescimento em sua aprendizagem.
Estive conversando com a mãe do menino. Procurei saber a
respeito do ambiente onde mora e do relacionamento com os familiares. Constatei
que a família não tem um bom nível sócio-cultural e passa por dificuldades
financeiras. Na conversa, ela não apresentou muito interesse no problema do
filho. Disse que é preguiça da criança, pois seus os outros filhos, mais
velhos, apresentaram a mesma dificuldade e hoje estão em classes mais
avançadas. Mas autorizou a ajuda da psicopedagoga. Não posso rotulá-lo como uma
criança preguiçosa, pois percebo que Pedro tem um grande potencial. Acredito
que o motivo seja distúrbios emocionais e pequenos problemas de saúde. E não um
problema de dislexia ou algo mais sério. O pior é que quanto mais o tempo
passa, mais o quadro tende a se complicar.
Por esse motivo, estou pedindo sua ajuda profissional, para que me
oriente ou, caso tenha disponibilidade, iniciar um tratamento simultâneo às
atividades multidisciplinares desenvolvidas por mim em sala, o que ajudará muito
ao aluno adquirir as habilidades necessárias para o processo de alfabetização.
Professor do Ensino Fundamental
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